Fala de vereador que se diz perseguido por adversários repercute entre os bertioguenses que já vivem intranquilos com a falta de segurança e a alta criminalidade
Por Aristides Barros
Desabafo de Ticianelli balançou as redes sociais
Na primeira sessão plenária após o resultado das eleições, o vereador reeleito e atual presidente da Câmara de Bertioga, Antonio Carlos Ticianelli (PSD), subiu à tribuna da Câmara para um discurso que seria endereçado a possíveis adversários.
Ticianelli frisou que dentre os oito componentes do Legislativo ele teria sido escolhido como alvo principal de perseguição, afirmando que seu nome e detalhes de sua vida particular vem sendo destrinchados nas redes sociais.
Junto ao desabafo, o parlamentar afirmou, entre outras coisas, que “a gente já passou da hora de ter um pouquinho de Guarujá em Bertioga”. Parodiando a história da “carapuça serviu”, a fala do vereador teria sido entendida por algumas pessoas como uma ameaça velada.
Isso porque Guarujá é palco de violência política extrema, com vários casos sendo resolvidos à bala e alguns sendo desfechados com mortes. Recentemente, o Portal de Notícias G1 abordou a “política sanguinária” da cidade, vizinha a Bertioga, na reportagem Guarujá, onde jornalista e candidata a prefeita sofreu atentado, tem histórico de crimes ligados à política
Assista o vídeo extraído da página Bertioga do Amanhã.
O que diz o vereador
A reportagem contatou Ticianelli para a sua versão sobre a frase que repercutiu na cidade causando perplexidade nas pessoas que tiveram acesso às falas do parlamentar. Por meio de sua assessoria, o político respondeu. Sobre a fala do presidente da Câmara, Carlos Ticianelli houve um mal entendimento das pessoas na colocação das suas palavras.
O vereador se refere a trazer mais investimentos para a cidade de Bertioga, assim como há nas grandes cidades da Baixada Santista, na questão do esporte com a implantação de um Ginásio de Esportes para competições Nacionais, e também universidades visando os avanços na educação do Município.
Ele ainda esclarece que em nenhum momento citou o nome de ninguém no seu discurso, apenas citou perfis falsos, que estão denegrindo não somente sua imagem, mas de outros colegas vereadores da Câmara Municipal de Bertioga.
Durante a sua explanação, o vereador cobra que deveriam ser investigados pelo Ministério Público e Polícia Civil sobre quem seriam essas pessoas atrás desses perfis falsos.
Com relação aos casos de violência ocorridos na cidade do Guarujá, o vereador Carlos Ticianelli, atua na cidade de Bertioga e acompanha as ações realizadas pela Guarda Civil Municipal (GCM) e Polícia Civil e Militar na cidade de Bertioga e não tem conhecimento das questões de violência na cidade de Guarujá.
O vereador Carlos Ticianelli reforça seu compromisso de sempre lutar e buscar melhorias para a população de Bertioga. Foi eleito legitimamente pela população bertioguense e sempre vai trabalhar pela paz e pelo enfrentamento da violência no nosso município, priorizando sempre o diálogo e a compreensão de todos.
NOTA DA REDAÇÃO - Destaca-se que os bertioguenses não olham Guarujá no item violência, a população local vai à cidade vizinha para se beneficiar de muitas situações positivas não encontradas em Bertioga.
Como por exemplo, busca de socorro médico no Hospital Santo Amaro, também vão ao encontro de boas oportunidades de emprego, fazer compras no comércio guarujaense que é amplo, acessível e diversificado, e se beneficiar dos serviços da agência do INSS daquele município, para a obtenção de pensão ou aposentadoria.
Muitas dessas situações positivas em Guarujá são hiper precárias em Bertioga e por isso, sim, precisam ser “importadas” ou trabalhadas pela classe política bertioguense para que Bertioga se equipare aos bons padrões de cidade. Uma atuação desse calibre cobriria de méritos a atuação dos políticos locais.
Porém, sobre “ajuda externa” ou copiar modelos de outros municípios para, supostamente, aumentar a violência em Bertioga, é algo que a cidade não precisa, “ela já faz isso sozinha”. Bertioga necessita de soluções para diminuir o problema crescente de criminalidade, e ideias nesse sentido seriam perfeitamente aceitas.
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