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Foto do escritorAristides Barros

Oposição cobra atitude da prefeitura e PM frente a atos golpistas em Mogi das Cruzes

Na cidade e debaixo dos olhos das autoridades, bolsonaristas causam transtornos ao desafiar a lei e a ordem


Por Aristides Barros


O vereador Idulgues Martins e a vereadora Inês Paz durante o lançamento do manifesto


Um basta às manifestações antidemocráticas que têm endereço e número: avenida. Francisco Rodrigues Filho, 1000, bairro Mogilar. em frente ao Tiro de Guerra de Mogi das Cruzes.


É o que pedem em um manifesto forças democráticas lideradas por políticos, sindicalistas e movimentos sociais da cidade, incomodados com o que foi instalado desde que Jair Bolsonaro perdeu as eleições.


No local, bolsonaristas montaram uma espécie de QG pessoal para pedir intervenção federal visando impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que derrotou o adversário. Descontentes, seus seguidores passaram a promover desordem idêntica, muitas delas perigosas, por todo o país.


O lançamento do Manifesto em Defesa da Democracia aconteceu na manhã de sexta-feira (02) no auditório Tufi Elias Andery, na Câmara de Mogi das Cruzes.

A vereadora Inês Paz (PSOL) e o vereador Iduigues Martins (PT) conduziram a reunião sediada pelo legislativo mogiano.


“Não dá para aceitar movimento antidemocrático, que é crime, diz respeito à Constituição e as autoridades não fazerem nada. serem omissas. Vamos cobrar por meio da Frente Democrática a defesa do estado de direito”, afirmou Inês Paz.


Na medida que é crime fazer movimentos antidemocráticos que vão contra a Constituição, não queremos que a prefeitura e o poder público fiquem coniventes com essa movimentação, queremos medidas cabíveis dentro da legalidade", destacou a vereadora.


"Hoje no dia do lançamento do manifesto fomos informados que militantes dos movimentos sociais foram impedidas de passar no local, foram provocadas e assediadas, onde os bolsonaristas estão concentrados. Vamos tomar medidas judiciais contra essas atitudes", acrescentou Inês Paz.


Ela chegou a fazer um boletim de ocorrência depois de receber um áudio onde um bolsonarista afirmava que iria se armar e ficar acampado em frente ao TG. A arma, segundo ele, serviria para quem fosse “dar palpites no acampamento”.


O manifesto contra as manifestações antidemocráticas expõe a balbúrdia. “Na cidade de Mogi das Cruzes, os golpistas, logo no primeiro dia após a eleição, bloquearam a Mogi-Dutra e, agora, encontram-se em frente ao Tiro de Guerra, bloqueando a calçada e uma via de rolamento e, em alguns dias e horários, bloqueando todas as vias, criando muitas dificuldades para a população mogiana. No local, já deixaram estacionado em local proibido, um enorme guindaste e até mesmo um container de mais de 20m na calçada”.


Partidos políticos, sindicatos e movimentos sociais, articularam a Frente Mogiana em Defesa do Estado Democrático de Direito e o manifesto cobra da prefeitura e da Polícia Militar atitudes no intento de pôr um fim ao imbróglio, que atingiu o nível de insustentável.


TENSO - No manifesto é questionado se existe participação do governo mogiano nas manifestações antidemocráticas uma vez que um dos bolsonaristas, identificado como Sílvio Marques, em sua página do Facebook, e áudios do Whatsapp, informa o apoio ao movimento por parte da prefeitura através da Secretaria de Mobilidade e da Segurança. Informa que uma viatura da Guarda Municipal prestaria apoio ao acampamento ilegal.


A informação do bolsonarista que teoricamente denuncia a suposta cumplicidade da prefeitura mogiana com as manifestações antidemocráticas ganha força em uma postagem feita pelo próprio chefe do Executivo de Mogi das Cruzes, Caio Cunha (PODE).


O manifesto lembra que o prefeito Caio Cunha em suas redes sociais fez um post de apoio às manifestações e, após repercussão negativa, apagou a postagem. No entanto, quando o prefeito mogiano pensou em consertar o erro o estrago já vinha a público. Internautas “printaram” a postagem com as saudações do mandatário aos atos golpistas em Mogi das Cruzes.

Print da rede social do prefeito Caio Cunha


Os partidos que assinam o manifesto são PSOL, PT, PV, UP, PCdoB, e PCB. e os sindicatos: Apeoesp (Sindicato dos Professores), Sindicato do Papel e Papelão de Mogi das Cruzes e Região, Afuse (Sindicato dos Funcionários de Escola) Sindicato dos Policiais Civis de Mogi das Cruzes e Região, Sintteasp - (Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Transporte Escolar do Município de São Paulo) Sintraadete (Sindicato dos Trabalhadores em Autoescola).


Também assinam o documento os movimentos sociais: Cursinho Maio de 68, Projeto Mistura, Coletivo da Diversidade Alto Tietê, Fórum Mogiango LGBT, Coletivo de Mulheres e Gênero, Impacto Feminista, PLPs (Promotoras Legais Populares) Quilombo Periférico, Despejo Zero Mogi, Jundiapeba por Moradia, Das Senzalas às Favelas, Coletivo de Mulheres Olga Benário, MLB (Movimento de Lutas nos Bairros) e UJR (União da Juventude Rebelião, Makauba, Suburbaque).


Um mogiano elenca a pirâmide da encrenca

Presidente nacional do PL Valdemar Costa Neto (Foto: Assessoria de Imprensa PL)


O manifesto destaca um "ilustre" político mogiano que poderia conduzir o processo golpista, ao menos na cidade. Isso, em função de ser mogiano nato e que recentemente figurou no noticiário nacional como peça chave para a quebra da democracia brasileira, indiferente à vontade da maioria do povo que deu vitória a Lula.

O mogiano é o presidente nacional do Partido Liberal, onde Jair Bolsonaro está abrigado politicamente, e foi citado no manifesto que segue: “Waldemar Costa Neto (sic), conhecido como o Boy - presidente do Partido Liberal - PL entrou no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com um pedido de verificação extraordinária do resultado do segundo turno das eleições. Sem apresentar qualquer prova de fraude, o PL pediu a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas”.


Destacasse que Valdemar Costa Neto é filho do já falecido ex-prefeito Valdemar Costa Filho - considerado até os dias atuais um dos melhores gestores de Mogi das Cruzes. A investida dele contra o resultado das urnas se deu no dia 22 de Novembro do corrente ano, e teria acontecido para satisfazer o presidente da república, afirma o manifesto.


A ofensiva do mogiano contra a democracia foi respondida de pronto. Imediatamente ao protocolo do pedido, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, deu prazo de 24 horas para que o PL apresente os dados completos, inclusive do primeiro turno, já que ambos usaram as mesmas urnas. Alegando “litigância de má-fé”, Alexandre de Morais recusou a ação do Boy e aplicou uma multa ao partido de 22,9 milhões e bloqueou o fundo partidário até que a multa seja paga. O PL está recorrendo da decisão.


Governo de SP já informou como a Polícia Militar deve agir


O governo deu ordens para a PM agir ((Foto: Divulgação/PMSP)


No início de Novembro, o governador Rodrigo Garcia afirmou que manifestantes que não liberarem as vias poderão ser presos, além da aplicação da multa de R$ 100 mil por hora.

Ele não descartou o uso da força caso os manifestantes bolsonaristas insistam em permanecer nas vias.

MP - O Ministério Público de São Paulo tem um núcleo de atuação integrada composto por membros da Promotoria de Justiça da Habitação e do Urbanismo da Capital e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) investigando em que circunstâncias estão ocorrendo os bloqueios.


O procurador-geral de Justiça de São Paulo, Mário Luiz Sarrubbo, afirmou. "O GAECO está investigando porque, na visão do Ministério Público, trata-se de uma organização criminosa que está atentando contra o estado democrático de direito no Brasil", falou.


SUPREMO - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), já expôs que as polícias militares dos estados podem desobstruir inclusive as estradas federais bloqueadas no país e identificar, multar e prender os responsáveis pelos bloqueios.

Alexandre de Moraes já determinou às polícias que adotem medidas necessárias para desbloquear as vias. A maioria dos ministros do STF votou favorável à decisão.


O Poder Judiciário e os seus tentáculos já deram a resposta sobre como deve ser feito o enfrentamento aos atos antidemocráticas e a sociedade democrática espera que se faça a lei, que não pode ser discutida, tem de ser cumprida.






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Marquinhos Olívio
Marquinhos Olívio
02 déc. 2022

Com o apoio do Prefeito fica difícil,mas falta pouco para mudança

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